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emerging case, 1998

instalação de Henna Asikainen e Silvana Macêdo

Instalação com atmosfera intimista que explora temas ligados à morte, melancolia, e a dissolução ou volatilidade do significado (na linguagem/ obra) e sua distância temporal de um (inacessível) significado ‘original’ ou essencial. Ao entrar no espaço da instalação, observa-se a sombra de um esqueleto humano que se projeta em uma parede, e que assemelha-se a um inseto. Outra sombra divide o espaço com um foco de luz que é emitido de dentro de uma caixa de madeira. Dentro da caixa foi montado um jogo de espelhos que reflete múltiplas imagens de crisálidas de borboletas (vazias), dando a impressão de um espaço que se estende infinitamente. As crisálidas vazias são apenas o resíduo de uma transformação. A obra não apresenta a borboleta, um símbolo de transcendência, mas a indicação de um processo que há muito se passou, que não se pode agarrar, e ao qual só se pode referir depois que já se foi. Entretanto, através deste fragmento, podemos refletir sobre esse processo. O esqueleto humano também pode ser visto como uma ruína, um fóssil. É um símbolo usado por Walter Benjamin, com referência à relação dialética entre a natureza e a cultura, onde o esqueleto humano é um emblema para a ‘face hipocratia da história’.

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